Ontem, dia 02-06, saiu uma matéria no jornal Pioneiro (www.pioneiro.clicrbs.com.br/) sobre o suicídio.
E eu me identifiquei:
De certa forma, se de um filho não se espera grande coisa, e ele é um medíocre, não há uma distância entre o que ele é, e o que se espera dele. Mas, se ele é um medíocre e dele se esperava ser doutor, ele é muito mais vulnerável a depressão e ao suicídio.Meus pais nunca me pressionaram a ter boas notas na escola. Meus professores não exigiam boas notas. Nunca fui punido por tirar nota ruim e no trabalho (quase) nunca pediram pra fazer coisas impossíveis, ou coisas que eu não conseguiria fazer.
Mas eu acabei assim. Por mais que as pessoas me digam que fiz uma coisa boa, que sou bom no que faço, sempre vou achar que podia ser melhor. Sempre vou pensar que posso ser (ou fazer) melhor. Eu PRECISO superar as expectativas que eu gerei...
O Rio Grande pode não estar bem das pernas, mas já foi melhor e talvez pela maciça colonização européia, se aproxima dessa e compartilha valores modernos. Ou seja, a individualidade é um valor, como nós nos temos em grande conta, o que não é necessariamente ruim, a pressão por ser alguém é maior. É o preço da nossa modernidade.
Quem disse isso foi Mário Corso, psicanalista, prodessor e membro da Appoa (Associação Psicanalítica de Porto Alegre).
O estresse das coisas que acontecem não é nada perto do estresse que passa dentro da minha cabeça. A pressão do trabalho (ainda) não é maior do que a pressão que eu coloco em mim mesmo pra fazer as coisas...
Se sou individualista, não sei. Acho até que sou. E muito.
Mas, suicídio? Não, nem pensar...
Link direto para a matéria do jornal
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